Resumo HISTÓRIA do Brasil - A2P2

De 1840 até 1889 Reinou Dom Pedro II no Império Brasileiro.
Dom Pedro II iniciou como imperador, apesar de ter menos de 18 anos, indo contra a constituição de 1824, por causa da campanha pela Maioridade apoiada por liberais e conservadores que buscavam aliança com a nova figura política.

ELEIÇÕES DO CACETE

Esse período foi marcado por eleições fraudulentas e manipulações nas eleições com ameaças de agressão.
Tivemos brigas entre os liberais (luzias) e os conservadores (saquaremas) em massa.

PARLAMENTARISMO À BRASILEIRA (1840)

Gerou um ambiente estável de governabilidade, já que o imperador usava de seu poder Moderador para eleger o 1º Ministro, ou seja, nomeava o cargo de Presidente do Conselho de Ministros.

CAFÉ

Era a base da economia brasileira, sendo o produto agrícola mais exportado e lucrativo.

Aspectos	Vale do Paraíba (RJ)	Oeste Paulista (SP)
Quando Ascende	1830	1850
Visão e preocupação	Aristocrática, preocupação com os benefícios sociais	Empreendedora, preocupação com o mercado
Uso do solo	Inadequado	Rotação de plantio
Investimentos	Ausência e qualidade muito baixa	Investimentos em tecnologias e boa qualidade
Mão de obra	Escravizados	Substituição por livres e assalariados

TARIFA ALVES BRANCO

Aumentou impostos sobre produtos estrangeiros para 60%.
Medida protecionista: estimular a fabricação do produto nacionalmente com menos competição.

Leis contra ESCRAVIDÃO

Lei Feijó

Proibia o tráfico negreiro.
Não era cumprida, já que comprometia a mão-de-obra do cultivo cafeeiro (governo não fiscalizava).

Lei Bill Aberdeen (1845)

Resultado da pressão inglesa pelo fim da escravidão, numa tentativa de expandir o mercado consumidor para a Inglaterra.
Navios de tráfico negreiro encontrados, poderiam ser bombardeados por ingleses.

Lei Eusébio de Queiroz (1850)

Proíbe o tráfico negreiro, com o governo agora fiscalizando.
O governo passa a estimular a imigração europeia por duas razões:
1. Econômica: substituição da mão-de-obra escrava pela livre e assalariada.
2. Social: branqueamento social.
Mesmo após essa lei continuou o tráfico interprovincial.

LEI DE TERRAS (1850)

A propriedade de terras só acontecia por meio de compra.
Dificultou o acesso à terra, concentrando-as nas mãos dos mais ricos.

PROGRAMAS a favor da IMIGRAÇÃO EUROPEIA

Sistema de parceria

O imigrante vinha ao Brasil para ser parceiro de um latifundiário de café, este pagando os custos da viagem.
Os lucros eram divididos em 50% para cada; contudo da metade do imigrante eram descontados os impostos do café e outras necessidades.
No final, o imigrante ficava preso ao latifundiário por dívidas.
Houvem propagandas negativas e o sistema falhou.

Sistema de colonato

O imigrante (colono) vinha ao Brasil por conta própria e era acolhido em hospedarias onde recebiam ofertas de empregos.
O colono recebia salário, moradia e terra para cultivo de subsistência, além de bônus por produtividade.
No final o sistema prosperou.

ERA MAUÁ

Pequeno surto industrial, modernizador para o RJ e SP.
Barão de Mauá atraiu investimentos externos nos setores:
- construção de navios
- criar um banco
- companhias de bonde e iluminação a gás
- inaugurou ferrovias (escoamento da produção cafeeira para o litoral onde seria exportado).

REVOLUÇÃO PRAIEIRA (1848-50)

Revolta organizada, em sua maioria, por jornalistas liberais que trabalhavam na rua da Praia.
Num documento publicado (Manifesto ao Mundo) desejavam:
- Voto universal.
- Fim do poder Moderador.
- República instalada.
- Nacionalização do comércio (querem que o comércio e serviços sejam mais exclusivo a brasileiros).
- Liberdade de imprensa.
O movimento foi altamente reprimido.

GUERRA DO PARAGUAI (1864-70)

Motivações

Solano Lopez, governador do Paraguai (ditador) estava num projeto de modernização do país, no qual buscava saída para o mar através da bacia platina.

Brasil e Argentina, que já dominavam essa bacia, iram contra os avanços paraguaios.

No Uruguai o cenário político era de oposição entre os "Blancos", apoiados por Francisco Solano López, e os "Colorados", apoiados pelo Brasil e Argentina.

Anselmo Aguirre, dos "Blancos", vence as eleições, porém Venâncio Flores, dos "Colorados", chega ao poder num golpe apoiado pela Argentina e Brasil.

A guerra em si

O conflito começa de verdade quando o Paraguai rompe relações diplomáticas com o Brasil, invadindo o Mato Grosso e aprisionando um navio brasileiro em 1864.

Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) VS Paraguai.

A Tríplice entra na guerra achando que seria fácil e rápida para descobrir que os paraguaios são resistentes.

Vitória

Apenas em 1868 que a Aliança começa a vencer com mais frequência, com escravos se alistando no exército com a promessa de libertação e empréstimos externos também.

Em 1870 acaba a guerra com a morte de Solano López.

Resultado

O Paraguai sai da guerra com perdas de territórios, da população (60%) e com uma indenização aos vencedores.

Brasil sai endividado externamente a países que apoiaram-no na mesma longa e cara guerra.

MOVIMENTO ABOLICIONISTA

Começo

Foi uma mobilização civil de negros e brancos pelo fim da escravidão.
Ganhou força a partir de 1868 devido ao contexto:
- Fim da escravidão nos EUA, Cuba e Porto Rico.
- Ex-escravos vindo da Guerra do Paraguai desejando mais participação política.

Reações iniciais

A elite política foi dividida:

Os que tiveram uma guerra civil (como nos EUA) e uma revolta de escravos (como no Haiti).
Os que temiam o isolacionismo: outros países (como a Inglaterra) condenavam o Brasil, forçando-o a abolir a escravidão.
Os participantes do movimento começando campanhas de sensibilização (para conseguir apoio popular e pressionar o governo com a imprensa):
- Chamando atenção e desumanização.
- Chamando atenção ao malismo.

Abolicionistas de destaque:

André Rebouças: negro da elite no Brasil, porém após uma viagem ao exterior passa a apoiar mais o abolicionismo percebendo a discriminação ainda presente na sociedade.
Luiz Gama: articula libertações sendo advogado e usando a Lei Feijó.
José do Patrocínio: negro.
Joaquim Nabuco: branco e rico.

Primeiras leis

Em 1871 é assinada a Lei do Ventre Livre, sendo livres os escravos nascidos a partir dali e após 8 anos.
Em 1885 é assinada a Lei Sexagenários, dando liberdade ao escravo a partir dos 60 anos.
Essas leis não são cumpridas e fugas passam a ser organizadas.

Lei Áurea e consequências

Com a governabilidade comprometida, em 1888 é assinada a Lei Áurea e o fim da escravidão, promovendo a imagem da futura imperatriz, Isabel.
Após a Lei Áurea, o escravo era marginalizado, já que o governo não impôs nenhuma medida indenizatória para libertos.
Já para continuar com o apoio dos latifundiários cafeeiros, o governo promete uma indenização, mas não cumpre.

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